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Filosofia

Pensando e Filosofando

Ao ler o título acima você já pensa duas vezes antes de iniciar a leitura. Pós-Moderno? Esse cara vai falar de filosofia e não vou entender nada. Pretendo sim falar um pouco de filosofia mas, com uma abordagem concreta de modo qualquer um possa compreender, discutir e discordar.
Para começar é bom tentar expressar, de modo claro e simples o que é Pós-Modernidade. É o momento em que estamos vivendo. E por ser tão próximo é tão difícil de conceituar. Como dizer o que marcou e o que caracterizou determinada época se estamos presenciando isso no nosso diário. Somente as gerações vindouras poderão examinar com segurança os processos em curso.
Quando digo Revolução, não e refiro a revoltas, guerras nem nada do gênero. Ao cunhar esse termo o faço em relação as grandes mudanças na forma de pensar a sociedade e suas instituições aliada a uma aceleração, sem precedentes, nas tecnologias de comunicação, de artes, da genética entre tantas outras mudanças que ocorreram desde a segunda metade do séc. XX. É uma revolução intelectual, o mundo num segundo na era digital. As distancias não são as mesmas, os valores de confundem, o presente é passado de forma tão abrupta que nos sentimos ás vezes, alheios a essa revolução. Acho que já deu para descomplicar esse negócio de pós-modernismo, não é nenhum bicho de sete cabeças, afinal sentimos que algo (talvez não sabemos o que) está em plena transformação a nossa volta. Isso é a tal Revolução Pós-Moderna.
Paradigma, de acordo com o dicionário é o conjunto de crenças e conceitos, muitas vezes de natureza inconsciente, em que se baseiam atitudes e os comportamentos de um grupo social. Às vezes o dicionário é tão claro que a gente não consegue entender. Quando observamos um homem bem vestido, de terno e gravata e de boa aparência, inconscientemente, ele nos inspira confiança. Esquecemos que os maiores ladrões do país vivem metidos em ternos de grife e gravatas de seda. Esse é o comportamento inconsciente e vem aqui só para exemplificar.
Antes de falar na desigualdade é preciso analisar um pouco de história. Algumas pessoas acreditam que a história é como um pêndulo, no decorrer do tempo ela nos leva de um extremo a outro do pensamento. A título de exemplo, a Idade Média marcada pela influência da Igreja foi sucedida pelo renascimento cujo ponto de partida é a Razão.
Ainda falando de história quando pensamos em Idade Contemporânea (“do nosso tempo”), que precederia o nosso atual Pós-Modernismo, temos como marco incontestável daquela a Revolução Francesa de 1789, e nela lembramos da máxima: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Vamos nos deter nessa igualdade, civil e jurídica representando os anseios de uma burguesia (classe de comerciantes da época) contra os privilégios da classe nobre, a aristocracia.
E agora voltando ao pêndulo da história nessa Pós-Modernidade prega-se, inconscientemente, a desigualdade. Bom, você pode até dizer a primeira vista que eu estou maluco, contudo vamos provar!
Antes da Revolução Francesa, o Estado Absolutista gastava enormes quantias com a nobreza e o clero que tinham inúmeros privilégios, privilégios esses bancados pelos impostos cobrados sobre as atividades comerciais da burguesia (posto que a nobreza e o clero não pagavam). Em outras palavras, o dinheiro público bancava a festa da aristocracia (se bem que hoje em dia ainda é assim, porém é ilegal). Observem que as classes eram tratadas de modo desigual, por isso, o anseio da Igualdade. Nos reportamos ao Bolsa Família, o programa de transferência de renda do governo federal. Atentem que não estou criticando, mas não há semelhanças? Em sua raiz o programa dá uma ajuda em dinheiro a uma parte da sociedade, é óbvio que com fins éticos e morais muito mais elevados que aqueles.
Todavia, a questão é que aquela Igualdade de 1789, hoje é uma busca por um tratamento desigual em função da vida, das oportunidades diferentes. E o mais difícil de entender: é com esse tratamento desigual que se procura minimizar as diferenças, ou seja, tenta-se alcançar a Igualdade!
Nessa mesma linha atuam as Cotas bem como o ProUni. A idéia é a mesma: tratar aqueles que tiveram oportunidades diferentes de modo diferente (desigual) a fim de que seja atingida uma paridade.
Não venho discutir aqui se é certo ou errado. Apenas quero constatar uma realidade: uma guinada de 360º no modo de pensar. A premissa básica para discutir essas questões tão polêmicas e atuais é entendê-las em seu âmago. E o melhor meio para compreendê-las é analisá-las pelo prisma da Filosofia.

Atenção: Ultimos dias para inscrição do Seminário Estadual de Ensino de Filosofia e Sociologia.

Prazo Prorrogado até: 28/10/2009

Faça sua inscrição pelo e-mail: lefis@sed.sc.gov.br

Ou pelo telefone: (48) 33388357


As inscrições são gratuitas e com carga horária de 20 horas. (somente se participar dos dois dias).

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II SEMINÁRIO ESTADUAL DE ENSINO DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA

O Evento acontecerá nos dias 30 e 31 de outubro de 2009 em Florianópolis – SC.

Local do Evento: Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Centro de Filosofia e Ciências Humanas   (CFH)

Centro de Ciências da Educação (CED)

Inscrições Gratuitas: 14 de Setembro a 26 de Outubro

Informações e Inscrições pelo e-mail: lefis@sed.sc.gov.br, ou pelo telefone:

(48)  3338-8357

Realização:

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Inicia no LEFIS nesta terça-feira 22  de Setembro o Curso “A Animação como Ferramenta de Produção de Conhecimento” que será ministrado pelo profº Dr. Henrique Pereira Oliveira do Departamento de História- UFSC

Trata-se de um curso de formação para professores de Ensino Médio, da área de Ciências Humanas, com o objetivo de expor metodologias para Ultilização do processo de produção de audiovisuais com técnicas de animação como recurso para a produção de conhecimento. A metodologia consistirá em quatro etapas:

Processo de criação de narrativas; transposição das narrativas escritas para a forma audiovisual; produção dos materiais necessários à realização da animação; gravação das cenas, montagem e finalização.

A Carga Horária do Curso é de 20 horas, e irá de Setembro à Dezembro.

Hagar e o Filósofo!

Hagar

Tempos Modernos

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Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.
A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à “modernidade” e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias “subversivas”.
Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.
Se inicialmente o lançamento do filme chegou a dar prejuízo, mais tarde tornou-se um clássico na história do cinema. Chegou a ser proibido na Alemanha de Hilter e na Itália de Mussolini por ser considerado “socialista”. Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicotado também em seu próprio país na época do “macartismo”.
Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na história do cinema.

CONTEXTO HISTÓRICO

Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de “presidente da fome”, procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.
Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um “novo curso” na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.
Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os “códigos de concorrência honrada”, que estabeleciam quantidade a ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940, estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.
Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.

Tempos Modernos